José Amaral, pai da jovem de 23 anos que faleceu devido à síndrome Hutchinson-Gilford (Progenia), na passada sexta-feira, dia 19, recorda últimas palavras da filha.
Foi no passado dia 24 de novembro, no programa da SIC “Casa Feliz”, que relatou tudo e desabafou com emoção o momento de desespero que passou com a filha, e o facto de a esposa ter sido impedida de ir ao funeral.
“A garota sentia-se mal todos os dias. Desde que a mãe foi presa, íamos nas viagens para o Porto [para a visitar] e tinha de parar três vezes. Sentia-se mal, não andava a comer já tudo por causa disto: a ansiedade, o stress que ela meteu no coração, nunca mais foi a mesma. Via-se que ela não andava bem, só queria a mãe.
A minha filha, desde que a mãe foi detida, fez de tudo, até ir para o estabelecimento prisional para o pé dela“.
Isto porque a esposa foi condenada, tal como o próprio referiu no programa “Isto começou quando quiseram dar pulseira eletrónica à minha mulher. Quando ela não aceitou, dirigiu-se ao tribunal a ralhar e foi condenada a outro processo pelas injúrias. Foi condenada a um ano e dois meses”, contou e acrescentou: “A mãe é que era a cuidadora da filha durante 24 horas por dia”.