Nesta quarta-feira, dia 3 de agosto, Carina Rodrigues, irmã de Fanny Rodrigues, esteve à conversa com Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos no programa “Dois às 10”, da TVI. A jovem falou pela primeira vez sobre o falecimento dos filhos gémeos após um nascimento prematuro.
Numa conversa emotiva, Carina Rodrigues começou por recordar todo o processo na altura em que estava com seis meses de gestação: “No inicio de maio fiz uma ecografia em que se apercebem que eu queixava-me de muitas dores nas costas, e eu comecei a ter muitos inchaços nas pernas”, começou por contar.
“Apercebemo-nos que o Delman está a fazer pressão no meu rim direito, em que o canal está a dilatar e cria mais possibilidades para uma infeção urinária… Logo aí comecei a tomar medicamentos para prevenir o caso”, acrescentou a jovem.
No seguimento da conversa, Carina Rodrigues revelou que a 3 de maio foi detetada uma bactéria que acabou por matar os filhos gémeos: “Estou eu fazer a minha vida como costume. Na quinta-feira, não tinha tido sinais de nada, sem ser o que depois me apercebi o que era. Na quinta-feira à tarde, sem eu saber tive assim uns corrimentos”, explicou.
“Na sexta-feira, dia 13 de maio, quando me levanto senti-os a mexer. Quando meu deito na sala, eram 10h28. Comecei a sentir uma pressão em baixo da barriga. E eu ‘Alto, que está aqui alguma coisa que não está bem’. Às 10h53, decido ligar às urgências. Eu senti que naquele momento não os ia perder, eu só senti que algo não estava bem”, confessou a jovem.
Carina Rodrigues recorda ainda o que pensou na altura: “E quando eu desço as escadas com muita dificuldade, entrei no carro com muita dificuldade. A única coisa que eu pedia era ‘esqueçam de mim, eu não existo. Eles é que são o futuro, eu já não sou nada’”.
Cada vez mais emocionada, Carina Rodrigues revelou que os filhos acabaram por falecer minutos depois do nascimento. A jovem ficou com os meninos 18 minutos, primeiro com Enzell e dois dias depois com Delman.
“E quando o meu filho estica a mãozinha, eu falei para ele, cantei para ele. Eu só dizia que ele tinha que ir quando quisesse… Fiquei com ele o tempo todo, até ao fim”, contou.
Já no final da entrevista, a irmã de Fanny Rodrigues revelou que dois dias depois da morte do primeiro bebé, acabou por estar também 18 minutos com o segundo filho: “Ele estava bem. O pior era eu. A casa não estava segura, não estava firme […] Eu sentia que não estava a proteger o meu filho. Culpa por causa de uma bactéria que não sei de onde veio, o meu útero não estava a aguentar”, disse muito emocionada.
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