No passado domingo, Margarida Castro foi a concorrente expulsa do “Big Brother” e, nesta sexta-feira, dia 31 de maio, marcou presença no programa “Goucha” para falar sobre a sua experiência na casa mais vigiada do pais, mas também acerca de aspetos da vida pessoal.
A dada altura da conversa com Manuel Luís Goucha, a ex-concorrente recordou um dos momentos mais difíceis da sua vida: quando foi vítima de violência doméstica numa relação abusiva e tóxica.
“Eu sinto, depois de analisar muito bem isto e de ter feito muita terapia, que me apaixonei por uma pessoa que eu criei na minha cabeça porque, no final do dia, esta pessoa não existe. Nunca levei aquilo muito a sério porque é daquelas coisas que nunca pensamos que vai acontecer. Depois aquilo foi um escalar de situações“, afirmou.
Margarida Castro revelou, ainda, o motivo de ter partilhado a sua história na curva da vida do Big Brother: “Para perceberem que não se pode perdoar porque eu sou o exemplo de uma pessoa que perdoou demais e que as coisas podiam ter corrido mal. É muito complicado quando se está nesse tipo de relação porque acabamos por ficar doentes. Eu estava muito doente mesmo e acreditava muito que a pessoa ia mudar“, acrescentou.
A dada altura das agressões, a jovem avançou com uma queixa contra o ex-companheiro: “Quando fiz queixa nunca pensei que ia ter a repercussão que tomou, nunca pensei que fosse assim. Eu quando fiz queixa não tinha a noção que era uma queixa que não podia ser retirada, que é um crime público, não tinha noção de nada disso. Eu fiz queixa quando houve as agressões que me deixaram com a cara totalmente marcada, já não tinha como esconder e estava muito exausta da situação“, contou.
“Eu já não tinha peso sequer para me movimentar, estava muito doente psicologicamente e sentia que aquilo já não era amor nem de um lado nem do outro. Estávamos muito doentes os dois e não havia como sair daquela situação, eu ia continuar a perdoar e ia continuar a haver agressões“, recordou.
O ex-namorada de Margarida Castro foi condenado pelo sucedido: “Foi sentenciado a cinco anos e três meses de prisão efetiva, o que me tranquilizou muito porque a certo ponto pensei que não ia acontecer nada, porque acabei por mentir em tribunal e acabei por perdoar vezes demais. Ele pediu [para mentir] e eu também concordei com aquilo tudo, porque achava genuinamente que ele ia mudar. Eu gostava muito dele, acho que era mais uma obsessão, uma doença, uma dependência emocional. Ele foi sentenciado por dois crimes, não foi só pelo meu, também foi com outra mulher. Eu pensei que o problema não era meu e vim a perceber que não“, terminou.