Esta terça-feira, dia 1 de novembro, em entrevista com Manuel Luís Goucha, Tony Carreira confessou que tem sido difícil viver sem a filha, mas a ‘Associação Sara Carreira’ tem ajudado a lidar com a saudade.
“Aquilo que estou a viver é muito duro. É desumano. Esta tragédia também me trouxe ainda mais humildade, ninguém manda em nada! (…) Há muita gente que passa por isto e não recebe o carinho que eu recebo. Agradeço às pessoas por isso”, revelou.
“Parece que foi há dois mil anos que ela foi embora. Como é que se consegue seguir em frente? Surgiram algumas muletas. Quando eu questionava o meu caminho, diziam-me que me iam dar ferramentas para eu conseguir. As ferramentas que eu tenho é trabalhar para a associação da minha filha. Ajudar essas crianças, em nome da minha filha, ajuda-me muito! Todos os dias trabalhamos para a Sara. Isso ajuda-me muito, as pessoas não têm noção. Porque além do pensamento, falamos todos os dias dela. Sinto uma certa alegria, um orgulho em fazer coisas em nome dela”, acrescentou.
“Ela está na minha cabeça a qualquer minuto da minha vida. O ritual é sempre o mesmo. Todos os dias passeio a cadela dela, a Moly, 20 minutos, choro o que tenho de chorar. Depois vou para o escritório e faço o meu trabalho e o trabalho da Associação Sara Carreira. Continuo a ir ao cemitério, é um sítio de paz. Fisicamente é ali que ela está. O corpinho dela está ali. Falo com ela. Estou ali pouco tempo, só 5, 10 minutos”, disse ainda.
